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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Inteligências Múltiplas

Este trabalho está publicado na integra na página das blogoficinas.



O que é inteligência

ü  Faculdade de entender, compreender, conhecer;

ü  Juízo, discernimento, capacidade de se adaptar, de conviver;

ü  Permite dar sentido as coisas que vemos e a vida que temos;

ü  Nos leva a conversa interior, resgates de "arquivos" da memória, capacidade de raciocínio, criação de objetivos e invenção de saídas quando parece não existir indícios de sua existência;

ü  Para Gardner: capacidade para resolver problemas e  criar  ideias ou produtos considerados válidos.


Conhecimento

ü  Conhecimento não vem de fora ou se capta do meio, é um processo interativo de construção e reconstrução interior e  assim não pode ser "transferido" de um indivíduo para outro;

É autoconstruído e  as inteligências são educáveis, isto é sensíveis a progressiva evolução, desde que adequadamente trabalhadas.


Potencial da Inteligência

ü  Extremamente diversificado;

ü  Uma pessoa sem distúrbios ou disfunções cerebrais é portador de todas as inteligências ainda que seja diversificado o potencial desta ou daquela;

ü  A ocorrência de disfunções cerebrais adquiridas ou não, pode afetar uma ou mais inteligências, sem que isso implique em um comprometimento integral.


A existência de Savant

ü  Pessoas de exponencial talento em uma ou outra aptidão desta ou daquela inteligência, mesmo com sérios comprometimentos em suas ações relativas a outras inteligências;

ü  Revelam inteligência - ou parte da mesma -  superior, enquanto suas outras inteligências operam em baixo nível;

ü  Ex: autistas com sérios problemas linguísticos ou interpessoais, mas com fortíssima inteligência lógico-matemática ou mesmo musical.


Três proposições das Inteligências Múltiplas

        1 - Não somos todos iguais. Somos portadores de forças cognitivas específicas que nos diversifica e singulariza;

        2 - Não temos com igual intensidade todos os tipos de inteligência pois temos mentes diferentes. Sendo assim, avaliações que buscam comparar ou nivelar seres humanos são eivadas de preconceitos;

        3 - A educação funciona de modo mais eficaz se essas diferenças forem levadas em consideração, se forças pessoais forem reconhecidas e se pais e professores empenharem-se em desenvolver projetos para efetivamente conhecer e estimular mentes, descobrindo em que são efetivamente capazes. Uma boa avaliação, deve verificar como ocorreu essa construção.


Teoria das Inteligências Múltiplas

        Inicialmente Gardner falou em sete inteligências, mas estudos e pesquisas posteriores elevaram esse número para nove, admitindo que tal diversidade pode ainda vir a ser ampliada quando ainda mais profundamente se conhecer a mente humana. Em linhas gerais, portanto, todas as pessoas sem disfunções cerebrais agudas apresentam em diferentes níveis de grandeza, as inteligências.


As Inteligências Múltiplas em sala de aula

         A ideia essencial   da   teoria  é  assumir  que  todo  aluno  pode expressar  saberes  através   de   diferentes  linguagens  e   que, devidamente estimulado, pode  explorar sua potencialidade de forma diversificada.


ESPACIAL

        Capacidade com imagens

ü  Perceber com precisão o espaço do entorno, o mundo visuoespacial e decodificar com facilidade as informações gráficas;

ü  Pensar de maneira tridimensional e criar imagens externas e internas dos objetos através do espaço;

ü  Em crianças: detectam alterações sutis em ambientes que conhecem. Pensam através de imagens visuais, destacam-se em atividades artísticas ou jogos que envolvem montagens. Quase sempre refugiam-se em aventuras imaginárias;

ü   Ex: grandes arquitetos, motoristas de praça de grandes cidades. Alguns nomes: Aleijadinho, Oscar Niemeyer e Lúcio Costa;


A Inteligência Espacial em sala de aula

Ø  Pistas por meio da cor;

Ø  Utilizar figuras para aprender, metáforas por meio de imagens;

Ø  Criar rabiscos, símbolos, desenhar diagramas, mapas;

Ø   Integrar arte com outros assuntos;

Ø  Fazer atividades visuais ;

Ø  Assistir a vídeos ou criar seus próprios
utilizar estímulos periféricos nas paredes;

Ø  Utilizar mímica;

Ø  Mudar de lugar na sala a fim de obter perspectivas diferentes;

Ø  Utilizar fluxogramas, cartogramas, gráficos;

Ø  Utilizar gráficos informatizados.


CINESTÉSICO-CORPORAL

        Capacidade corporal, em esportes, e atividades manuais.

ü  Usar o corpo todo para expressar ideias e sentimentos;

ü   Utilizar as mãos para produzir ou transformar coisas;

ü  Em crianças: têm capacidade incomum em controlar o corpo e expressar-se por mímicas e caretas, precisando a toda hora mover-se, retorcer-se usando sensações corporais para processarem informações, aprendendo bem menos por ouvir e muito mais por fazer.

ü  Ex: grandes cirurgiões, atletas e escultores. Alguns nomes: Pablo Picasso, Michael Barishnikov.

A inteligência Cinestésico-corporal em sala de aula:

ü  Teatro da turma;

ü  Mapas corporais;

ü  Respostas corporais;

ü  Relacionar movimentos aos conteúdos de estudo;

ü  Usar a dança, o movimento, os jogos e as técnicas manipulativas para aprender;

ü  Fazer mudanças na sala a intervalos frequentes;

ü  empregar modelos, máquinas, artesanato;

ü  Usar o corpo para se concentrar e relaxar;

ü  Utilizar teatro, papéis.


LÓGICO-MATEMÁTICA

        Capacidade numérica ou lógica.

ü  Utilizar os números de forma efetiva e para raciocinar bem;

ü  Ordenar símbolos numéricos e algébricos assim como  quantidades, espaço e tempo;

ü  Em crianças: elevada inteligência lógico-matemática adoram separar, classificar e organizar objetos e brinquedos, aprendem a calcular rapidamente e são excelentes em jogos que envolvem lógica e estratégia e no manejo da computação;

ü  Ex: Engenheiros, físicos e matemáticos, programadores de computação. Einstein e Bill Gates.


A Inteligência Lógico-matemática em sala de aula

Ø  Classificações e categorizações;

Ø  Estimular a resolução de problemas e jogos matemáticos;

Ø  Incentivar a interpretação de dados;

Ø   Estimular as próprias potencialidades;

Ø  Utilizar experimentos práticos e previsões
Integrar organização e matemática em outras áreas curriculares;

Ø  Ter um lugar para tudo;

Ø  Possibilitar a realização das coisas passo a passo;

Ø  Usar raciocínio dedutivo;

Ø  Empregar computadores na resolução de tarefas.


MUSICAL

        Capacidade musical.

ü  Perceber (aficionado por música), discriminar (crítico de música), transformar (compositor) e expressar (musicista) formas musicais;

ü  É sensível ao ritmo, tom ou melodia, e timbre de uma peça musical;

ü  Em crianças: são sensíveis a sons e seus ambientes, recordando com facilidade de ritmos e melodias. Motivam-se com instrumentos e incorporam a música como elemento comum as suas vidas;

ü  Ex: Artistas, compositores, engenheiros de gravação, afinadores de piano. Alguns nomes: Mozart, Chico Buarque.


A Inteligência Musical em sala de aula

Ø  Tocar um instrumento musical;

Ø  Trabalhar com música, ritmos, raps;

Ø  Aprender através de canções, de poemas com rima completa etc.

Ø  Ligar-se a um coral ou a um grupo musical;

Ø  Escrever música;

Ø  Integrar música com assuntos de outras áreas;

Ø  Mudar de humor com música;

Ø  Usar música para relaxar;

Ø  Fazer imagens/figuras com música.


NATURALISTA

        Capacidade com a natureza.

ü  Reconhecer e classificar as numerosas espécies  da flora, fauna e do meio ambiente;

ü  Sensibilizar-se com os fenômenos naturais;

ü   Entre urbanos, capacidade de discriminar entre seres inanimados, como carros, tênis, etc;

ü  Em crianças: interessam-se por animais e vida rural, sabendo intuitivamente separar, organizar,classificar e ilustrar tudo que diz respeito a plantas e sobretudo a  animais;

ü  Botânicos, jardineiros  e  paisagistas.  Alguns nomes:  Charles Darwin e Burle Marx.


A Inteligência Naturalista em sala de aula

Ø  Caminhadas para conhecer os diferentes ecossistemas;

Ø  Plantar, colher e produzir alimentos;

Ø  Animal de estimação em sala de aula;

Ø  Garimpar e consumir produtos ecológicos ou orgânicos;

Ø  Pesquisar e preparar receitas naturalistas.


LINGUÍSTICA

Capacidade com palavras.

ü  Usar as palavras de forma efetiva, quer oralmente, escrevendo. Usar a linguagem para expressar e avaliar significados complexos;

ü  Manipular a semântica na construção da sintaxe;

ü  Em crianças: surpreendem pelo vocabulário que conhecem e utilizam, adoram ler, escrever e contar histórias, mostrando interesse por rima, trocadilhos, charadas e jogos com palavras;

ü  Escritores, romancista, jornalistas, palestrantes e poetas, todos que cultuam a palavra e a construção de ideias verbais ou escritas. Alguns nomes:  Vinícius de Morais, Chico Buarque.


A Inteligência Linguística em sala de aula

Ø  Contar histórias;

Ø  Trabalhar jogos de memória com nomes locais;

Ø  Brainstorming, explosão de ideias;

Ø  Ler histórias, piadas;

Ø  Manutenção de diário;

Ø  Gravação das próprias palavras;

Ø  Escrever histórias;

Ø  Fazer malabarismo com vocabulário;

Ø  Entrevistar;

Ø  Fazer quebra-cabeças, jogos de soletração; 

Ø  Produzir, editar e supervisionar revista ou jornal da escola; 

Ø  Utilizar processador de texto como introdução a computadores.


INTRAPESSOAL

Capacidade com o Eu.

ü  Agir adaptativamente com base no autoconhecimento;

ü  Estabelecer relações afetivas com o próprio eu, construindo uma percepção apurada de si mesmo, fazendo despontar a autoestima e aprofundando o autoconhecimento de sentimentos, temperamentos e intenções;

ü  Em crianças: demonstram saber "quem realmente são", não se preocupando muito  sobre o que pensam a seu respeito. Valorizam a privacidade e ainda que não gostem muito de misturarem-se a multidão, costumam ser admiradas pelos colegas.


A Inteligência Intrapessoal em sala de aula

ü  Psicanalistas, assistentes sociais,  alguns professores. Alguns nomes: Freud, Jung;

ü  Ter conversas pessoais de “coração para coração”;

ü  Usar atividades de crescimento pessoal para romper bloqueios à aprendizagem;

ü  Investigar atividades;

ü  Reservar tempo para reflexão interior: “pense e ouça”;

ü  Fazer estudo independente;

ü  Ouvir sua intuição;

ü  Discutir, refletir ou escrever o que vivenciou e como se sentiu;

ü  Permitir a individuação;

ü  Fazer diários de história pessoal – histórias da família;

ü  Assumir o controle da própria aprendizagem;

ü  Ensinar afirmações pessoais;

ü  Ensinar questionando- quem? Quando?


INTERPESSOAL

Capacidade com pessoas.

ü  Compreender a natureza humana em outras pessoas, realizando uma "leitura do outro“;

ü  Perceber os aspectos emocionais e estabelecer relações interpessoais com a compreensão da dinâmica dos grupos sociais;

ü  Em crianças: relacionam-se muito bem com outras pessoas, fazem amizade com extrema facilidade e geralmente são escolhidas para liderar grupos, organizar campanhas comunitárias;

ü  Líderes religiosos, políticos, empreendedores, pessoas comuns. Alguns nomes : Mahatma Gandhi, Sílvio Santos.


A Inteligência Interpessoal em sala de aula

Ø  Desenvolver a cooperação;

Ø  Tutelar ou orientar os outros;

Ø  Esculturas em grupo usando o corpo;

Ø  Jogos de tabuleiro;

Ø  Fazer diversos intervalos para socializar;

Ø  Trabalhar em equipes;

Ø  Integrar a socialização em todas as partes do currículo e praticar a “conversa social”;

Ø  Usar causa e efeito;

Ø  Ter festas e celebrações de aprendizagem;

Ø  Fazer o aprendizado mais divertido;

Ø  Utilizar atividades do tipo “pesquisa de pessoas”em que cada um precisa fazer perguntas e ter as respostas dos outros.


EXISTENCIAL

Capacidade de situar-se com as características existenciais da condição humana.

ü  Situar-se sobre os limites mais extremos do cosmos e também em relação a elementos da condição humana como o significado da vida, o sentido da morte, o destino final do mundo físico e ainda outras reflexões de natureza filosófica ou metafísica;

ü  Marcante em pessoas com forte espiritualidade é a inteligência dos filósofos, sacerdotes, xamãs, gurus e ainda outros ligados às questões existenciais. Alguns nomes: Madre Teresa da Calcutá, Papa João Paulo II, Chico Xavier.


A Inteligência Existencial em sala de aula

Ø  Colaborar com ONGs;

Ø  Participar de retiros religiosos;

Ø  Organizar campanhas solidárias;

Ø  Aprender a ver o ponto de vista do outro;

Ø  Pesquisar e respeitar as diferentes religiões.]


Bibliografia

Ø  GARDNER, Howard.  Inteligências Múltiplas: a Teoria na Prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 

Ø  GARDNER, Howard. A Criança pré-escolar :como pensa e como a Escola pode ensiná-la. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. 

Ø  CECI, S.J.  On Intelligence ... more or less : a bio-ecological theory of intellectual  development. Englewood cliffs, N.J. Prentice Hall. 



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