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1. Apresentação
A história de um Educador: Janusz Korczak.
Janusz Korczak, pseudônimo de Henryk Goldszmit, também conhecido como o Velho Doutor ou o Senhor Doutor, nasceu em Varsóvia, no dia 22 de julho de 1878 ou 1879, e foi assassinado em Treblinka, no dia 5 ou 6 de agosto de 1942). Médico, pediatra, pedagogo, escritor, autor infantil, publicista, ativista social, oficial do Exército Polaco.
Foi um pedagogo inovador e autor de obras no campo da teoria e prática educacional. Foi percursor nas iniciativas em prol dos direitos da criança e do reconhecimento da total igualdade das crianças. Na qualidade de diretor de um orfanato instituiu, entre outros, um tribunal de arbitragem de crianças, no âmbito do qual as próprias crianças avaliavam as causas apresentadas por elas mesmas, podendo também levar a tribunal os seus educadores. O famoso psicólogo suíço, Jean Piaget, que visitou o orfanato Dom Sierot (A Casa dos Órfãos), fundado e dirigido por Korczak, disse dele o seguinte: «Este homem maravilhoso teve a coragem de confiar nas crianças e nos jovens, com os quais trabalhava, ao ponto de transferir para as suas mãos as ocorrências disciplinares e de confiar a certos indivíduos as tarefas mais difíceis e de grande responsabilidade».
Korczak criou a primeira revista redigida a partir de textos enviados por crianças, que se destinava sobretudo a jovens leitores, A pequena revista. Foi um dos pioneiros dos estudos sobre o desenvolvimento e a psicologia da criança, bem como do diagnóstico da educação.
Era um Judeu-polaco que toda a vida afirmou pertencer a duas nações.
Juntamente com Stefania Wilczyńska fundou e dirigiu Dom Sierot, um orfanato que se situava na rua Krochmalna, nº 92 (hoje, rua Jaktorowska, nº 6), em Varsóvia, e se destinava a crianças judias, sendo financiado pela Sociedade judaica “Auxílio aos Órfãos”. O orfanato abriu no dia 7 de outubro de 1912, sendo Korczak o seu diretor. Stefania Wilczyńska (1886-1942), conhecida como a menina ou a senhora Stefa, tornou-se a educadora principal. Korczak geriu o orfanato durante trinta anos. No final de outubro e princípio de novembro de 1940, o orfanato Dom Sierot foi transferido para o gueto, para a rua Chłodna. Durante a sua intervenção a propósito da transferência do orfanato numa repartição, Korczak foi detido. Os Nazis aprisionaram-no na cadeia doPawiak, mas, passadas algumas semanas, foi libertado mediante o pagamento de uma caução.
Desde 1919, Korczak, em parceria com Maria Falska, fundou outra instituição de proteção, um orfanato para crianças polacas, Nasz Dom (A Nossa Casa), que inicialmente se situava numa localidade perto de Varsóvia, Pruszków, e, a partir de 1928, passou para o bairro da capital, Bielany. A colaboração de Maria Falska durou até 1936. No orfanato Nasz Dom, também eram aplicados métodos pedagógicos inovadores. Ambas as instituições, destinadas a crianças entre os 7 e os 14 anos, implementavam a conceção da comunidade em autogestão, que criava as suas próprias instituições, tais como, um parlamento, um tribunal, um jornal, um sistema de horas de serviço, um notário e uma caixa de crédito. Pela sua atividade educativo-instrutiva, Korczak foi galardoado com a Cruz de Oficial da Ordem da Polonia Restituta que lhe foi atribuída no dia 11 de novembro de 1925, no dia do feriado nacional da Independência.
Como oficial do Exército Polaco, após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Korczak voluntariou-se para prestar serviço militar, mas não foi aceite, atendendo à sua idade. Durante a ocupação alemã, envergou a farda militar polaca. Também não aprovava a discriminação imposta pelos Nazis aos Judeus, patente no uso da Estrela de David, o que considerava uma profanação do símbolo. Passou os últimos anos da sua vida no gueto de Varsóvia. Newerly, o futuro biógrafo de Korczak, tentou arranjar-lhe documentos falsos na parte ariana da cidade, mas o médico recusou-se a sair do gueto. No gueto retomou a escrita regular do seu diário iniciado em 1939. Anteriormente e durante dois anos, não escrevera nada, visto que canalizara toda a sua energia para a educação das crianças de Dom Sierot e para outras atividades relacionadas com a situação das crianças no gueto. O diário foi publicado pela primeira vez em Varsóvia, em 1958. A última anotação tem a data de 4 de agosto de 1942.
Na manhã de 5 ou 6 de agosto de 1942, o terreno do chamado Pequeno Gueto foi cercado pelas tropas da SS e por polícias das forças ucranianas e letãs. Durante a chamada Grande Ação, ou seja, a principal etapa de exterminação da população do gueto de Varsóvia por parte dos Alemães, Korczak recusou, pela segunda vez, a proposta para se salvar por não querer abandonar as crianças e os funcionários de Dom Sierot. No dia da deportação do gueto, Korczak acompanhou o cortejo dos seus educandos rumo ao Umschlagplatz, de onde partiam os comboios para os campos de extermínio. Nesta marcha seguiam cerca de 200 crianças e algumas dezenas de educadores, entre eles, Stefania Wilczyńska. A sua última marcha transformou-se numa lenda. Tornou-se um dos mitos da guerra e um dos temas mais recordados, ainda que nem sempre consistente e fiável nos pormenores.
«Não pretendo ser iconoclasta, nem desmistificador de mitos, mas tenho de contar o que então vi. Pairava no ar uma enorme inércia, um automatismo e uma apatia. Não era visível comoção pelo facto de Korczak seguir no cortejo, não houve saudações (tal como alguns descrevem), também não houve de certeza a intervenção dos enviados do Judenrat (Conselho Judaico), nem ninguém se aproximou de Korczak. Não houve gestos, não houve cantos, não havia cabeças orgulhosamente erguidas; não me lembro se alguém empunhava o estandarte de Dom Sierot – há quem diga que sim. Havia um silêncio tremendo e exausto. (…) Uma das crianças segurava Korczak pela roupa ou talvez pela mão; seguiam como que em transe. Acompanhei-os até ao portão do Umschlag ...[66].
De acordo com outras versões, as crianças marchavam em linha de quatro e transportavam a bandeira do Rei Mateusinho I, o herói de uma das histórias escritas pelo seu educador. Todas as crianças levavam consigo o seu brinquedo ou o seu livro preferido. Um dos rapazes à cabeça do cortejo, tocava violino [67]. Os Ucranianos e os SS batiam com os chicotes e disparavam sobre a multidão de crianças, embora o cortejo fosse encabeçado por um destes homens que, pelos vistos, nutria alguma simpatia pelas crianças [68]. Janusz Korczak morreu juntamente com os seus educandos no campo de extermínio nazi de Treblinka. No ano de 1948, foi postumamente agraciado com a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Polônia Restituta.
2. Motivação Humana
Motivação
é o processo responsável pela
intensidade, direção e persistência dos
ESFORÇOS de
uma pessoa para atingir uma
determinada meta.
(Druker, 1954)
Motivação: fator
decisivo para a ação humana.
Nada acontece em
nossas vidas, nenhum passo é
dado se não temos um MOTIVO.
O ser humano possui
INTELIGÊNCIA e VONTADE.
(ROSSINI, 2009)
Hierarquia das
Necessidades Humanas
AS NECESSIDADES
SEGUEM UM CARÁTER PRIORITÁRIO
(Maslow,A.)
5) Autorrealização – desenvolver seu
potencial como ser humano, criatividade;
4) Autoestima – respeito próprio e respeito
dos outros, realização, reconhecimento, responsabilidade, autonomia;
3) Sociais – fazer parte, de pertencer, dar
e receber amizade, ser aceito;
2) Segurança – proteção contra perigos,
ameaças, privações, perdas;
1) Fisiológicas - alimento, bebida, ar,
calor,sono, abrigo,sexo, excreção.
Quatro Características de
Pessoas que procuram altas sensações:
Buscam
excitações em atividades fisicamente arriscadas, mas socialmente aceitáveis
(pára-quedismo, alpinismo, mergulho, montanha russa, filmes de ação e terror) – ADRENALINA;
Adeptos
a experiências mentais e sensuais incomuns e um estilo de vida não conformista;
Preferências
por festas, jogos, bebidas e aventuras sexuais;
Baixa tolerância por experiências
repetitivas, monótonas ou constantes.
Fonte: GOMES,
Virgilio: Motivação Humana.
Rio de Janeiro. UFRJ, 2009.
3. Motivação do
Professor
Desenvolvimento
Profissional e Motivação dos Professores
Da mesma forma, Feiman
(1982) distingue quatro
fases no desenvolvimento do professor ou no aprender a ensinar: a primeira
é uma fase de pré-formação, durante os anos em que ainda é aluno na
escola, sendo internalizado um modelo de ensino; a segunda é uma fase de
pré-serviço, durante a formação prévia à prática profissional, sendo
adquiridos os conhecimentos teóricos que estão na base do ensino; a
terceira é a fase de indução, durante os primeiros anos de serviço, em que são desenvolvidas
estratégias pessoais de ensino em função da forma como o professor resolve os
problemas com que se confronta na prática profissional; a quarta é a fase de serviço, durante o resto da carreira, em
que os professores procuram aperfeiçoar, cada vez mais, o seu desempenho.
SAUL NEVES DE JESUS*
JOANA CONDUTO VIEIRA
SANTOS
∗ Prof. Dr.
Catedrático do Departamento de Psicologia
da Universidade do Algarve, Portugal.
Desenvolvimento
Profissional e Motivação dos Professores
Uma das investigações
mais referenciadas no estudo do
desenvolvimento profissional dos
professores foi a realizada por Huberman (1989). Este autor procurou analisar, entre outros tópicos, a
existência de fases comuns aos diversos professores, os melhores e os piores momentos do ciclo
profissional e a influência dos acontecimentos da vida pessoal sobre a vida
profissional.
A partir dos
resultados obtidos, com base em questionários e em entrevistas, em
um estudo em que participaram 160 professores do
ensino secundário,
concluiu que há diversas constantes ou itinerários-tipo que caracterizam o percurso profissional de certos
grupos de professores, pois definem as suas vivências e o seu percurso de forma
idêntica.
Cada um destes grupos
é caracterizado por seqüências específicas de desenvolvimento profissional
ao longo das cinco fases que distinguiu na carreira docente.
Fonte:
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/viewFile/373/270
4. Equipe
Como era o trabalho do professor: prepara
aulas; ministra
aulas; prepara
avaliação; corrige
avaliação; AÇÕES
VISANDO O SUCESSO NO ENSINAR.
Ouse
experimentar, ouse fazer. Isso se aplica também aos profissionais do ensino.
Para se transformar em um profissional de futuro, não enterre seu talento numa
instituição rígida, burocrática. Disciplina é importante, organização também,
contudo, não devem ser um fim, mas meios para que pessoas possam brilhar, criar
e realizar.
A função da equipe neste contexto:
Transformar a reprodução de conteúdos em protagonismo do aluno e do professor.
Novos papéis para o Professor do Século XXI.
Entrevista
com Philippe Perrenoud,
Universidade de Genebra
Paola Gentile e Roberta Bencini
.
Quais são as qualidades profissionais que o professor deve ter para ajudar os
alunos a desenvolverem competências ?
Antes de ter
competências técnicas, ele deveria ser capaz de identificar e de valorizar
suas próprias competências, dentro de sua profissão e dentro de outras práticas
sociais. Isso exige um
trabalho sobre sua própria relação com o saber. Muitas vezes, um professor é alguém que
ama o saber pelo saber, que é bem sucedido na escola, que tem uma identidade
disciplinar forte desde o ensino secundário. Se ele se coloca no lugar dos
alunos que não são e não querem ser como ele, ele começará a procurar meios de
interessar sua turma por saberes não como algo em si mesmo, mas como
ferramentas para compreender o mundo e agir sobre ele. O
principal recurso do professor é a postura reflexiva, sua capacidade de
observar, de regular, de inovar, de aprender com os outros, com os alunos, com
a experiência.
Fonte:
Equipes norteadas pelo pensamento progressista:
- escola com os trabalhos dos alunos
expostos;
- reuniões pedagógicas frequentes;
- relacionamento estreito com as famílias;
- funções internas bem definidas;
- livro didático como ferramenta.
"Ninguém sabe mais ou menos, pois sabemos coisas diferentes e trocamos diante de situações-problema."
5.Considerações Finais
Temos uma história de vida;
Sonhos e realizações;
Autorrealização;
Questões intrapessoais e interpessoais;
Precisamos fazer escolhas;
Recebemos estímulos;
No entanto a motivação é um processo pessoal!
Qual será a sua escolha de carreira?
6.Bibliografia
CAVACO, M. H. Ofício
do professor: o tempo e as mudanças. In NÓVOA, A. (ed.). Profissão Professor.
Porto: Porto Editora, 1991. p.155-191.
___. Ser professor em
Portugal. Lisboa: Editorial Teorema, 1993.
ESTEVE, J. M. O
mal-estar docente. Lisboa: Escher, 1992.
___. Los profesores ante el cambio social.
Barcelona: Anthropos, 1995.
HUBERMAN, M. O ciclo
de vida profissional dos professores. In NÓVOA. A. (ed.). Vidas de Professores.
Porto: Porto Editora, 1992. p.31- 61.
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